O 'stock' dos financiamentos para a compra de casa voltou a subir em setembro, sete meses depois do início da pandemia, e atingiu os 93.998 milhões de euros. Um valor que está acima dos 93.786 milhões de euros de agosto e dos 92.909 milhões de euros de setembro de 2019, e que também já é, de resto, o mais alto desde abril de 2017. Os dados são do Banco de Portugal (BdP) e revelam que o conjunto total de empréstimos aos particulares aumentou para 119.831 milhões de euros no mês passado, face aos 119.519 milhões de euros de agosto e aos 118.205 milhões de euros do mês homólogo - o valor mais elevado desde novembro de 2015.

No crédito ao consumo, o valor concedido em setembro era de 19.255 milhões de euros, acima de agosto (19.222 milhões de euros) e do mês homólogo de 2019 (18.295 milhões de euros). Os empréstimos para outros fins totalizavam 6.578 milhões de euros em setembro, mais 66,8 milhões de euros do que em agosto, mas abaixo dos quase 7.002 milhões de euros de setembro do ano passado, segundo escreve a Lusa. Já o crédito malparado no crédito à habitação manteve-se em setembro nos 0,7%, o mesmo valor de agosto e abaixo dos 1,1% do mesmo mês do ano passado. Já no crédito ao consumo e outros fins, o malparado representava 6,6% em setembro, o mesmo nível de agosto, mas aquém dos 7,4% de setembro de 2019.
Com base nos dados revelados pelo banco central nacional, conclui-se ainda que os depósitos de particulares nos bancos residentes aumentaram dos 157.985 milhões de euros do final de agosto para 158,1 mil milhões de euros no final de setembro.

Bancos “apertam” o cinto ao crédito

No terceiro trimestre de 2020, os critérios de concessão de crédito a empresas e a particulares tornaram-se ligeiramente mais restritivos face ao trimestre anterior, segundo a informação divulgada pelo BdP no Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito. "Para esta evolução contribuíram a maior perceção e a menor tolerância de riscos por parte dos bancos", revela o documento. “No crédito a particulares, a perceção de riscos associados à situação e perspetivas económicas gerais contribuiu para o aumento da restritividade nos empréstimos à habitação e ao consumo", sublinha o relatório. E de acordo com o relatório do BdP, para o último trimestre do ano, os bancos "antecipam critérios ligeiramente mais restritivos no crédito a empresas e praticamente inalterados no crédito a particulares".
Segundo mostram os resultados do inquérito - realizado entre 21 de setembro e 6 de outubro -, entre julho e setembro, a procura de empréstimos por parte das empresas reduziu-se ligeiramente, influenciada sobretudo pela redução das necessidades de financiamento para investimento, para fusões/aquisições e para restruturação empresarial. No caso dos particulares, a procura aumentou ligeiramente no crédito à habitação e permaneceu inalterada no crédito ao consumo.

Para o quarto trimestre de 2020, o BdP dá nota de que os bancos “anteveem uma diminuição da procura de crédito por parte das empresas, transversal ao tipo de empresa e maturidade do empréstimo, mas mais acentuada nas PME e nos empréstimos de longo prazo.

No caso dos particulares os bancos antecipam um aumento da procura de crédito ao consumo e uma estabilização da procura de crédito à habitação”.

Fonte: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2020/10/27/45066-banca-volta-a-dar-mais-credito-para-a-compra-de-casa

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