A iniciativa insere-se num conjunto de ações que pretendem promover a educação e proteção do investidor. Eis os conselhos do supervisor do mercado:
1. Certifica-te que o intermediário financeiro está registado
Antes de mais, deverás verificar se a entidade com a qual pretendes realizar o teu investimento está autorizaada a fazê-lo. “Para exercer a sua atividade, nomeadamente para o aconselhar ou implementar as decisões dos investidores, os intermediários financeiros têm que estar registados junto da CMVM”, lembra o supervisor. Esta informação pode ser consultada em www.cmvm.pt, nos Sistema de Difusão de Informação -> Intermediários Financeiros.
2. Garante a qualidade da informação
Nunca te escuses de ler com atenção os documentos que caracterizam o instrumento financeiro antes de o subscrever ou adquirir, e nunca assines qualquer documento se tiveres dúvidas ou não compreenderes as características do produto ou serviço que pretendes contratar. A CMVM aconselha a que te certifiques que todas as informações em que te baseaste para tomar uma decisão constam de documentos escritos, datados e assinados. “Se quiseres reclamar mais tarde este é um cuidado essencial”, lê-se na brochura “Dicas CMVM ao Investidor”.
3. Conhece o teu perfil de risco
Este é um passo de extrema importância. O supervisor lembra que o intermediário financeiro deve preencher um formulário para avaliar o teu perfil de risco enquanto investidor. As designações mais comuns para o perfil de risco são “conservador”, “moderado”, “arrojado/agressivo”. Esta é uma ferramenta essencial que te ajudará a conhecer se tens maior ou menor aversão ao risco e permitirá traçar “uma estratégia de investimento responsável e adequada considerando ainda o seu objetivo de investimento e situação financeira, a tua disponibilidade para aplicações de curto, médio ou longo prazo, bem como os teus conhecimentos sobre os diferentes instrumentos financeiros”.
4. Diversificar os investimentos
Nunca deves esquecer a importância de diversificar os instrumentos financeiros em que aplicas o teu dinheiro, de forma a reduzir os riscos. Ou seja, é recomendável investir em diferentes produtos financeiros, com graus de risco distintos, diversificando também em zonas geográficas e setores da atividade económica.
5. Informa-te e quantifica comissões e custos
Comprar, vender e manter produtos de investimento tem custos associados, sendo os principais em forma de comissões, custos de transação ou de corretagem, de guarda de títulos (ou custódia / registo e depósito) ou de reembolso, entre outras. “Estes custos têm impacto na rentabilidade do investimento, pelo que deves tê-los sempre em conta no momento de investir, pedindo simulações e uma quantificação tão rigorosa quanto possível dos seus valores”, alerta a CMVM.
6. Cuidado com retornos garantidos
Promessas de rentabilidades elevadas com pouco ou nenhum risco são indícios clássicos de fraude, segundo o seupervisor. Todos os investimentos têm associado algum risco e a perspetiva de maiores retornos significa que estará a assumir também maiores riscos.
7. Reconhecer indícios de fraude
A CMVM deixa alguns conselhos aos investidores, para que se protejam de situações fraudulentas:
- Duvidar de investimentos em que são prometidas elevadas rentabilidades e baixo risco;
- Desconfiar de retornos muito acima da média do mercado;
- Evitar tomar decisões precipitadas e desconfiar de pedidos de respostas rápidas, em particular associadas a temas complexos ou inovadores;
- Obter o máximo de informação sobre a entidade e operações propostas e verificar se as entidades são registadas na CMVM;
- Exigir respostas concretas a questões como: “Como conseguiram o meu nome e contacto?”, “Estão registados na CMVM?”, “Quais as comissões e custos nesta aplicação?”, “Podem enviar prospetos, fichas técnicas e propostas de investimento por email ou correio?”, “Qual é o risco?”
- Evitar dar informação pessoal a pessoas ou entidades quando tem dúvidas quanto à sua idoneidade.
8. Tomar decisões conscientes
Enquanto investidor, deves procurar aplicar as tuas poupanças de forma consciente e responsável, exigindo toda a informação necessária à decisão e tomando precauções, como conhecer o teu perfil de risco ou diversificar as poupanças. O investimento é uma decisão individual, o que significa também que um produto financeiro pode ser adequado para determinado investidor, e não o ser para outro.
9. Prestar atenção à conjuntura internacional
“A economia mundial está cada vez mais globalizada e essa realidade é ainda mais evidente no sistema financeiro. Por isso, na gestão dos teus investimentos, deves procurar estar informado sobre o que se passa na conjuntura internacional e perceber que impactos poderá ter nos vários instrumentos financeiros”, escreve a CMVM.
10. Contar com a CMVM
Por fim, algumas notas do supervisor. A CMVM lembra que zela “para que todas as regras que regem os mercados de capitais sejam cumpridas”, prestando apoio aos investidores nas suas dúvidas, necessidades de informação e reclamações. Podes contactar esta entidade por telefone ou por email para os contactos gerais ou, se fores investidor de retalho, para a linha verde (gratuita) – 800205339 – ou para o email [email protected].
Fonte:https://www.idealista.pt/news/financas/investimentos/2019/10/02/41040-como-investir-em-seguranca-a-cmvm-da-10-dicas
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