São os que mais compram, mas também os que menos pagam pelas casas. Chegaram em força a Portugal há cerca de sete anos e, desde aí, não param de investir no imobiliário nacional. O mercado imobiliário nacional continua a conquistar investidores vindos de todas as partes do mundo. Os franceses são os que mais casas compram por terras lusitanas, com quase 5.000 imóveis adquiridos só no ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, são aqueles que gastam o menos possível com esses imóveis, um facto que pode ser justificado pela preferência por imóveis por reabilitar. São cada vez mais os imóveis que passam para o nome de investidores internacionais, assim como o valor que estes depositam no mercado nacional. No ano passado, tal como mostram os números do INE, foram vendidos 227 mil imóveis, sendo que 11,5%, ou seja, 17 mil foram comprados por não-residentes no país. Uma parte destes (num total de mil) foram comprados por um valor acima da fasquia do milhão de euros. Os franceses comparam 4.929 imóveis em Portugal no ano passado, mais do que qualquer outra nacionalidade. São, de longe, a nacionalidade que mais casas compra no país. Atrás aparecem os britânicos, com 2.597 casas compradas e os suíços com 1.320. Depois do Algarve, e já depois da crise em que o país mergulhou, “a primeira nacionalidade a aparecer foram os franceses“, diz o presidente da APEMIP ao ECO. Aparecimento esse que teve a ver com a “questão da carga fiscal”, que os levou a começar a “investir em força em Portugal”. “Foi um fenómeno que cresceu muito”, continua. De acordo com os dados do INE, nos últimos seis anos, os investidores franceses adquiriram 19 mil imóveis no país, num total de 1,99 milhões de euros. Mas, embora sejam a nacionalidade que mais investe em território nacional, são aquela que escolhe os imóveis mais baratos. O valor médio gasto em cada um dos imóveis nestes seis anos foi de apenas 104,51 mil euros. Contudo, diz, “se aparecerem casas para reabilitar, eles compram“. “Nesses valores não estão incluídas as obras”, acrescenta. “Se comprarem um imóvel que custa 100 mil euros e que vai precisar de ser reabilitado, depois fazem eles as obras”, remata Luís Lima. Fonte: https://eco.pt/2018/11/03/franceses-sao-os-que-compram-mais-casas-mas-tambem-os-que-pagam-menos-por-elas/