À semelhança do que aconteceu em Itália e Espanha, o Governo vai avançar com moratórias para o crédito, justificando a decisão com o momento conturbado que se vive no país (e um pouco por todo o mundo) devido à pandemia do novo coronavírus. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) “não perdeu tempo” e anunciou que vai aliviar os encargos das famílias e empresas com os empréstimos que têm, nomeadamente à habitação. Em causa está uma moratória de seis meses para os créditos pessoais, da casa e também nos financiamentos concedidos às empresas.

“O momento de exceção em que nos encontramos exige que se atue no sentido de apoiar as empresas e os particulares a ultrapassarem os fortes constrangimentos de liquidez que a redução da atividade gera”, diz em comunicado o banco público, acrescentando que “decidiu tomar um conjunto de medidas que de forma simples e imediata serão implementadas abrangendo os seus clientes com créditos ativos”.

Segundo o ECO, que cita o documento, a CGD vai, no caso dos créditos pessoais e à habitação, avaliar “a eventual carência de capital até 6 meses, mediante pedido dos clientes e em condições de simplicidade de acesso, designadamente para o crédito à habitação”.

A entidade liderada por Paulo Macedo avança com uma medida similar também para o caso das empresas, prevendo “reajustar os pagamentos das prestações mensais nos seus créditos de médio e longo prazo por um período até 6 meses, para que possam ajustar os seus planos de tesouraria aos novos níveis de atividade”.

Moratória no Governo de Sócrates teve fraca adesão

Segundo a mesma publicação, a decisão do Governo de António Costa de avançar com uma moratória nos créditos não é nova, já que há 11 anos o Executivo de José Socrates tomou uma decisão similar. Foi em março de 2009 que foi criada uma moratória nas prestações de crédito à habitação. Na ocasião foi dado até ao final daquele ano para que as famílias pudessem requerer acesso a essa moratória, e com esta a ter uma duração de dois anos.

O acesso a esta medida foi dado às famílias com crédito em que pelo menos um dos mutuários se encontrassem desempregados há pelo menos três meses, permitindo-lhes beneficiar de uma redução de 50% no valor da prestação da casa, escreve o ECO, adiantando que a medida acabou por ter pouca adesão por parte das famílias portuguesas.

Fonte: https://www.idealista.pt/news/financas/credito-a-habitacao/2020/03/19/42779-caixa-geral-de-depositos-avanca-com-moratoria-de-6-meses-no-credito-a

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